Os pneus velhos são considerados um dos maiores inimigos da saúde pública. Quando abandonados, eles podem acumular água e se tornar criadouros de mosquitos transmissores de doenças, como a dengue. Se jogados em aterros sanitários, demoram até 600 anos para se decompor; e em caso de queima, liberam fumaça tóxica durante a combustão.
Entretanto, no Brasil, esse panorama tem mudado desde 1999. Neste ano, uma lei obrigou as indústrias fabricantes de pneus a dar uma destinação correta a todos que são descartados. No início, era difícil lidar com o montante que sobrava, devido à falta de mecanismos de reciclagem e reaproveitamento. Atualmente, essa situação é bem mais favorável.
Processos de reciclagem
A indústria especializada conta com quatro processos de processamentos de pneus velhos. A reciclagem por ultrassom deixa a borracha mais macia e pronta para ser utilizada na fabricação de novas peças; a pirólise derrete a matéria-prima até o seu estado natural; o uso de micro-ondas consegue produzir outras substâncias de mesma origem do pneu, como combustíveis e gás; o processo mecânico-químico tritura o resíduo e serve como princípio para produção de outras peças.
Como é no Brasil
O uso de micro-ondas e o processo mecânico-químico são os mais utilizados no nosso país. Com o uso do primeiro tipo, os pneus são reaproveitados para a obtenção de combustíveis, óleos e graxas que são destinados principalmente à indústria.
No segundo processo, a borracha é triturada, desvulcanizada e misturada à matéria-prima que dá origem à massa asfáltica. Dessa maneira, obtém-se um asfalto de boa qualidade, com mais aderência para veículos e com menor gasto energético para a sua produção.
Como descartar
No Brasil, as oficinas de recauchutagem são os locais mais indicados para o descarte de pneus velhos. Nesses locais, as peças usadas passam por diversos processos que retiram substâncias tóxicas prejudiciais ao meio ambiente. Empresas revendedoras especializadas também recebem materiais descartados.
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