As bitucas de cigarro estão entre os resíduos mais descartados nas ruas. E não é difícil comprovar este dado. Uma caminhada pela cidade revela em canteiros e calçadas a presença constante delas. Além dos malefícios acarretados pelo vício, o hábito de jogar as bitucas nas ruas pode trazer prejuízos também para o meio ambiente.
Uma empresa chamada Greenbutts, com sede em San Diego, desenvolveu um novo tipo de cigarro, chamado “cigarro verde”, que busca minimizar os impactos causados pelo descarte de bitucas em locais inapropriados.
As bitucas jogadas na natureza levam até cinco anos para se decompor. Quando descartadas nas ruas, são arrastadas pela enxurrada, caindo nos bueiros e depois nos rios. Além disso, são responsáveis por incêndios e podem provocar a morte de animais que a ingerem.
Quando descartadas corretamente em lixeiras coletoras ou cinzeiros, as bitucas podem ser reutilizadas. Uma das principais formas de reaproveitamento deste resíduo é a incorporação a outros insumos para a produção de adubo, utilizado na recuperação de áreas degradadas de paisagismo.
Projetos e pesquisas científicas também desenvolvem outras formas de reciclagem de bitucas. Em São Paulo, estudantes de administração da Escola Técnica Estadual de Heliópolis descobriram como transformar este material em pasta de celulose ou papel semente. Neste processo, 300 unidades do resíduo produzem sete folhas em tamanho A4.
A empresa TerraCycle também encontrou uma boa utilidade para as bitucas. O projeto desenvolvido pela organização – que está sendo aplicado com sucesso no Canadá, Estados Unidos e Espanha – transforma o material em produtos plásticos e incentiva estabelecimentos, empresas e consumidores a enviar gratuitamente as bitucas pelo correio.
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